No último ano, a demanda por serviços e soluções digitais cresceu de forma significativa com as milhões de pessoas que tiveram suas rotinas alteradas no isolamento social.
Nessa grande mudança, os ISP’s conseguiram dar respostas em todas as frentes: reestruturaram suas redes de backhaul de fibra, desenvolveram processos, estabeleceram governança empresarial e expandiram suas áreas de atuação, mostrando que estão mais preparadas do que nunca para um novo futuro.
E esse novo momento foi assunto da palestra “A vez e a hora dos ISP’s e competitivas”, que William Taylor, Diretor Comercial ISP da Connectoway, conduziu no congresso online Inovatic 2021. Continue a leitura para conferir o tema!
O mercado de ISP’s e as competitivas
No momento atual, os acessos à banda larga vêm sendo dominados pelas operadoras competitivas, que lideram o mercado brasileiro à frente das grandes operadoras.
De acordo com números apresentados por William, as competitivas superam mês a mês o número de novos acessos, que é resultado da qualidade de serviço que essas empresas prestam e desenvolvem, comprovando uma capilaridade muito maior em relação às grandes operadoras.
Dados da Anatel apontam que, ainda em 2020, o Brasil contava com 4.403 municípios atendidos com fibra óptica, sendo 2.864 atendidos pelas competitivas (são todas as operadoras, exceto Claro, Vivo e Oi).
Segundo o Diretor da Connectoway, esse crescimento não para por aí. Isso porque existe uma movimentação muito forte de consolidação de mercado. Grandes fundos de investimento vêm fazendo aportes elevados em operadoras competitivas nos quatro cantos do Brasil, despertando o interesse também de grandes fabricantes, que antes não olhavam para o mercado de provedores regionais, mas que hoje percebem todo seu potencial.
O crescimento em números
Com mais pessoas em casa e o aumento do home office, EAD, telemedicina e outros serviços digitais, o número de acessos via fibra cresceu e muito. William considera este momento que vivemos um grande divisor de águas para os provedores, que precisavam investir e fizeram isso na hora certa, colhendo os frutos e se consolidando no mercado.
Em números gerais, o acesso à banda larga supera a casa dos 36 milhões de acessos no mercado de competitivas e provedores de internet. Desse total, cerca de 15 milhões acontecem por ISP, com 62,2% desses acessos utilizando como principal tecnologia a fibra óptica via FTTH, ou seja, fibra direto na casa do assinante.
Ele ainda ressalta que os ISP’s têm 41,5% do market share de banda larga fixa com exemplo dessa capacidade.
O fato de as grandes operadoras terem seus interesses voltados apenas às capitais abriu espaço para as competitivas crescerem, ganharem notoriedade e conquistarem seu espaço e o respeito dessas mesmas operadoras.
Como manter essa liderança na chegada do 5G?
Já sabemos que o 5G representa um novo alicerce da sociedade moderna, com transformações que vão desde a economia até a forma em que consumimos o entretenimento.
Mas agora, como as operadoras competitivas conseguirão manter a liderança? Para William, esse setor deve se beneficiar com o leilão do 5G, com a boa utilização da frequência de 26 GHz.
“As competitivas podem trabalhar nessa faixa de 26 GHz sem trazer os compromissos que as outras faixas trazem. E com isso vem uma série de soluções a reboque: telemedicina, EAD, IA, indústria 4.0, etc. E não duvido que as competitivas tenham competência para isso. Como se nota pelos números, elas já colocaram as grandes operadoras para correr atrás”, disse o executivo.
William também afirma que os provedores regionais precisam estar abertos a negócios com as grandes operadoras.
“O 5G vai precisar de rede de fibra óptica robusta e extensa. As grandes operadoras irão buscar os provedores regionais na busca por parceria, seja de uma rede neutra, seja fazendo a última milha como, por exemplo, ajudando essas empresas a cumprirem alguns dos compromissos exigidos pela Anatel da frequência 3,5Ghz, que é atingir para todos os lotes 100% das cidades até 2025 e ativar ERB 5G nos municípios abaixo de 30k” continuou.
O Wi-Fi 6 no cenário da transformação digital
William Taylor vê o Wi-Fi 6 residencial como outra grande oportunidade.
“Não dá para deixar o foco só no corporativo, mas também levar o Wi-Fi 6 a residências. O mercado não é mais o mesmo. É exigente. Não cabe mais o “jeitinho”. O consumidor quer uma internet em casa que lhe proporcione assistir suas lives, estudar, trabalhar e até mesmo aumentar a renda da família vendendo produtos sem que a conexão trave ou caia. É trazer para o residencial a experiência de um acesso de alta velocidade em 5G também via Wi-Fi 6” completa.
Ainda reforça que as empresas que estiverem estruturadas, organizadas e atentas em levar mais qualidade para dentro da residência do usuário vão despontar e fazer a diferença no mercado.
Uma nova experiência
Diante de todas essas transformações, a Connectoway acredita que é fundamental proporcionar maior conectividade aos clientes através de produtos que preveem maior largura de banda, como equipamentos da Huawei – roteador WS7100 AX3 e ONU EG8145X6 – que já conta com o Wi-Fi 6 e apresentou em um recente teste uma taxa de 1GB de tráfego no Wi-Fi 6.
Afinal, nosso objetivo é sempre estar à frente no mercado e atender às necessidades de nossos clientes com as melhores soluções, reconhecendo nossos parceiros e valorizando os provedores de internet em todo o território nacional.