O mercado de energia solar no Brasil tem experimentado um crescimento notável nos últimos anos. Isso acontece por causa de fatores como a redução dos custos dos painéis solares, financiamento solar e a crescente preocupação com a sustentabilidade.
Segundo a Clean Energy Latin America (CELA), o número de financiamentos para a geração de energia solar no país teve um crescimento de 79% em 2022, em comparação ao ano anterior, alcançando um total de R$35,1 bilhões de reais. Este é o quarto ano consecutivo que o Brasil supera recordes de créditos destinados ao setor.
Em suma, esses dados de crédito incluem financiamento solar de sistemas fotovoltaicos residenciais e para usinas solares remotas, projetos de pequeno e médio porte, foram aprovados por meio desses créditos que promovem o desenvolvimento do setor fotovoltaico no país.
A geração solar distribuída foi a que obteve maior número de financiamentos, obtendo R$11,9 bilhões e a geração compartilhada obteve um total de R$9,3 bilhões, totalizando um aumento de 134% ao ano.
Neste artigo, exploraremos os diferentes tipos de financiamento solar disponíveis no mercado brasileiro, mas antes vamos entender um pouco mais sobre o mercado.
Crescimento acelerado e incentivo governamental
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil atingiu a marca de 10 gigawatts (GW) de capacidade instalada de energia solar em 2022, tornando-se a segunda maior fonte de energia do país. Essa conquista é significativa, pois em 2017 a capacidade era de apenas 1 GW. Esse crescimento exponencial demonstra que os brasileiros se mostram abertos ao investimento.
Uma das razões para o rápido crescimento da energia solar no Brasil é o suporte governamental. O Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), por exemplo, estabelece as regras para a geração de energia solar em pequena escala. Além disso, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica permite que os consumidores gerem créditos de energia que podem ser utilizados para compensar o consumo em momentos de baixa geração solar, como à noite.
Financiamento Solar: uma necessidade para o crescimento
O investimento inicial em sistemas de energia solar, apesar de ter sido reduzido em 90% nos últimos 10 anos, segundo a ABSOLAR, pode ser uma barreira para muitos consumidores e empresas interessados em adotar essa tecnologia. O financiamento solar desempenha um papel crucial ao permitir que mais pessoas tenham acesso a essa fonte limpa e renovável de energia.
No mercado, existem alguns tipos de financiamento. Fizemos uma lista que pode ser útil para quem está querendo instalar um projeto fotovoltaico, seja ele residencial ou uma grande usina.
- Financiamento Bancário
Os bancos desempenham um papel fundamental ao oferecer empréstimos específicos para a instalação de sistemas de energia solar. Esses empréstimos geralmente possuem taxas de juros competitivas e prazos flexíveis.
– Facilidade de Pagamento: O financiamento bancário permite que os clientes paguem pelo sistema solar em parcelas mensais ao longo de um período determinado. Isso facilita a adoção da energia solar, pois os custos iniciais são diluídos ao longo do tempo. O valor das parcelas pode ser ajustado de acordo com o orçamento do cliente, tornando o processo mais acessível.
– Programas de Incentivo: Além das linhas de crédito convencionais, alguns bancos também participam de programas de incentivo governamentais que visam promover a energia solar. Um exemplo é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que oferece condições vantajosas de financiamento para pequenos agricultores que desejam investir em sistemas fotovoltaicos para irrigação e outras necessidades agrícolas.
– Vantagens Fiscais: Alguns financiamentos bancários para energia solar podem oferecer vantagens fiscais, como a possibilidade de deduzir os juros pagos do imposto de renda. É importante consultar um contador ou especialista em impostos para entender como essas vantagens se aplicam ao seu caso.
- Linhas de Financiamento Público
No Brasil, as linhas de financiamento solar público são geralmente apoiadas por agências governamentais e instituições financeiras de desenvolvimento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
– Condições Financeiras Favoráveis: Uma das principais características dessas linhas de financiamento solar é oferecer condições financeiras vantajosas em comparação com empréstimos tradicionais. Isso inclui taxas de juros mais baixas, prazos de pagamento estendidos e, em alguns casos, carência para início dos pagamentos, tornando-as atrativas tanto para integradores quanto para consumidores.
– Público-Alvo Diversificado: As linhas de financiamento público para energia solar no Brasil são direcionadas a diferentes públicos-alvo, como residências, agricultura e empresas.
– Processo de Solicitação: O processo de solicitação varia de acordo com a instituição financeira ou agência governamental que oferece a linha de financiamento. Em geral, os passos incluem:
- Pesquisa e seleção de um sistema solar: O cliente interessado em financiamento pesquisa e seleciona um sistema solar fotovoltaico que atenda às suas necessidades e orçamento;
- Consulta à instituição financeira: O cliente entra em contato com a instituição financeira ou agência governamental para iniciar o processo de financiamento;
- Análise de crédito: A instituição financeira avalia a capacidade do cliente de pagar o empréstimo e aprova o financiamento com base em critérios específicos;
- Instalação do sistema solar após a aprovação do financiamento;
- Reembolso: O cliente começa a fazer pagamentos mensais de acordo com as condições acordadas.
- Financiamento Direto do Fabricante
Alguns fabricantes de equipamentos fotovoltaicos oferecem opções de financiamento direto. Isso permite que integradores adquiram os componentes necessários para os sistemas e paguem em parcelas ao longo do tempo. Essa abordagem pode facilitar o processo de aquisição de equipamentos de alta qualidade.
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